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Aprenda a interpretar exames de forma personalizada e precisa, com foco em medicina individualizada.
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Conheça por dentro o programa completo do curso:
Como médico há 15 anos, formado pela UFRJ, com especialização em Clínica
Médica, Cardiologia e Eletrofisiologia, venho observando algo que você
provavelmente também já percebeu em sua prática: nossa forma tradicional de
interpretar exames laboratoriais nem sempre oferece as melhores respostas
para nossos pacientes.
Por que isso acontece? Os valores de referência tradicionais são baseados em médias populacionais de “indivíduos saudáveis” – um conceito que sequer possui definição clara na literatura médica. Mas a medicina moderna nos mostra que não devemos nos contentar em manter nossos pacientes “na média” – precisamos buscar os valores que proporcionam os melhores desfechos clínicos para cada indivíduo.
O valor de referência tradicional é 5-15 μmol/L.
Parece simples, certo? Mas a realidade clínica é mais complexa. A literatura
científica já demonstra claramente que níveis acima de 10 μmol/L estão
associados a um aumento significativo no risco de eventos
cerebrovasculares
(Humphrey et al., JAMA 2023).
O valor de referência tradicional é 5-15 μmol/L. Parece simples, certo? Mas a realidade clínica é mais complexa. A literatura científica já demonstra claramente que níveis acima de 10 μmol/L estão associados a um aumento significativo no risco de eventos cerebrovasculares
No primeiro, tenho um paciente de 58 anos, tabagista, hipertenso, com
histórico de dois AVCs prévios e homocisteína de 11 μmol/L. Os estudos
mostram que, neste perfil de alto risco, a redução da homocisteína abaixo de
10 μmol/L pode reduzir em até 25% o risco de novos eventos
(Smith et al., Stroke 2022).
A intervenção com metilfolato e metilcobalamina, por
exemplo,apresenta uma relação risco-benefício claramente favorável e
nesse caso , o valor que buscaria nesse paciente seria uma homocisteina
entre 5 e 10 μmol/L
refratária ao tratamento,sem histórico familiar de doenças cardiovasculares, também com homocisteína de 11 μmol/L., num exame de
sangue trazido pela mesma. Neste caso, estudos de o número necessário
para tratar (NNT), ou seja , a quantidade de pacientes que precisarei tratar com metilfolato, metilcobalamina etc, é extremamente alto para prevenir
qualquer AVC. Sem contar, com a potencial possibilidade da piora da acne com a vitamina B12. Portanto, 11 de homocisteína, aqui, está de bom
tamanho.
Perceba como criticamos os valores de referencia, atribuimos um valor ideal associado a um desfecho clínico ( abaixo de 10 ) e , rincipalemnte, raciocinamos qual o paciente que se beneficia de intervenção para chegar nesse valor.
E é exatamente essa a metodologia que usaremos em todas as aulas do curso!